[:es]Los operadores acuden a su infraestructura en busca de nuevas oportunidades de ingresos[:pt]Os operadores ajudam a sua infraestrutura em busca de novas oportunidades de crescimento e ingressos[:]
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Casi 20 años después, la marea parece haber cambiado para algunos operadores, que encontraron en la renta de su infraestructura una nueva oportunidad de generación de ingresos y reducción de deudas. Telecom Italia encabezó la avanzada europea en marzo de 2015 cuando fundó Infrastrutture Wireless Italiane (Inwit), empresa a cargo de 11.500 torres en la península itálica. Aunque el entonces CEO de TIM, Marco Patuano, había expresado interés en vender al menos el 80 por ciento de la compañía, todo cambió con la llegada de su reemplazante, Flavio Cattaneo. El nuevo mandamás de la italiana consideró “estratégicos” los activos de Inwit y barrió con una oferta de 3.000 millones de euros de Cellnex.
A otro lado del mundo, América Móvil decidió probar suerte con esta estrategia. En abril de 2015, el gigante latinoamericano de las telecomunicaciones anunció su intención de escindir cerca de 11.000 torres en México, su país natal. Su objetivo: delegar a la flamante Telesites la construcción, instalación, conservación, operación y comercialización de diversos tipos de torres y otras estructuras de soporte a precios de mercado. Según cifras de TowerXchange, la empresa maneja casi el 45 por ciento de las 25.000 torres del país, con una cobertura territorial que trepa hasta el 93 por ciento. Por lo pronto, su creación redujo en 1.200 millones de dólares la deuda neta de América Móvil y redundó en ingresos cercanos a los 233 millones de dólares durante 2015, buena parte originada en su contrato con Telcel.
Telefónica, el principal rival regional de América Móvil, no quiso quedarse atrás. En enero de este año, informó sus intenciones de constituir Telxius, una compañía que concentraría parte de su infraestructura de Europa y Latinoamérica con vistas a monetizar activos no estratégicos para su negocio core y disminuir el Capex futuro de despliegue comercial. En principio, dotó a Telxius de 15.000 torres y 65.000 kilómetros de cables submarinos —31.000 propios—, entre otros activos. Preocupada por una deuda superior a los 50.000 millones de euros, Telefónica buscó sacar a la bolsa el 40 por ciento de Telxius en octubre para captar hasta 1.500 millones de euros. La compañía, que desistió de la operación en septiembre al juzgar insatisfactoria la valoración conseguida, calcula que estos activos generaron ingresos de 680 millones de euros en 2015.
Quien más tiene para perder en la región por el avance de los proyectos de América Móvil y Telefónica es American Towers. Esta firma administra actualmente unas 32.000 torres en Latinoamérica, que generaron ingresos de 1.442 millones de dólares en el segundo trimestre del año, un 24,4 por ciento arriba respecto al mismo período en 2015. La estadounidense tendrá que competir con Telesites y Telxius en Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, México y Perú si estas deciden llegar a todos los mercados donde funcionan sus matrices. Además, Telxius y Telesites podrán afirmarse en países donde American Towers no tiene presencia, como Argentina, Ecuador, El Salvador, Guatemala, Nicaragua, Panamá y Uruguay.
El futuro de Telesites y Telxius en Latinoamérica todavía depara dudas. Sin embargo, es posible augurar que su éxito comercial podría no solo ayudar a mitigar los efectos de las barreras al despliegue de infraestructura sino también inspirar a otros operadores a mirar con mayor detenimiento su cartera de activos para desentrañar el potencial que se esconde a simple vista entre el acero y el concreto.[:pt]Em 1998 quando a americana Bell Atlantic, agora conhecida como Verizon, decidiu vender 1.400 torres a Crow Castle por 650 milhões de dólares convencida de que esses ativos não eram essenciais para o sucesso de sua operação. Outras transações similares surgiram nos meses posteriores, ajudando a consolidar um mercado que ainda goza de boa saúde sob o comando de atores internacionais de peso como American Towers, SBA Communications e Cellnex.
Quase 20 anos depois a maré parece ter mudado para algumas[D1] dessas operadoras que encontraram no aluguel de sua infraestrutura uma nova oportunidade de gerar ingressos e reduzir dívidas. Telecom Itália encabeçou o avanço na Europa em março de 2015 quando fundou a Infraestruture Wireless Italiane (Inwit), empresa a cargo de 11.500 torres na península itálica.
Ainda que o, até então, CEO de TIM Marco Patuano havia expressado o interesse em vender pelos menos 80% da companhia, tudo mudou com a chegada do seu substituto Flavio Cattaneo. O novo presidente da companhia italiana considerou “estratégicos” os ativos de Inwit e varreu com uma oferta de 3 bilhões de euros de Cellnex.
No outro lado do mundo, América Móvel decidiu provar a sorte com esta estratégia. Em abril de 2015 a gigante latino-americana das telecomunicações anunciou sua intenção de dividir cerca de 11.000 torres no México, seu país natal.
Seu objetivo: delegar a Telesites a construção, instalação, conservação, operação e comercialização de diversos tipos de torres e outras estruturas de suporte a preços de mercado. Segundo números de ToweXchange a empresa dirige cerca de 45% das 25.000 torres do país, com uma cobertura territorial que chega até 93%.
Por enquanto, sua criação reduziu 1 bilhão e 200 milhões de dólares da dívida neta de América Móvel e adicionou ingressos próximos aos 233 milhões de dólares durante o ano de 2015, boa parte deles vinda do seu contrato com Telcel.
Telefônica, a principal rival regional de América Móvil, não ficou atrás. Em janeiro desse ano informou as suas intenções de constituir Telxius, uma companhia que concentraria parte de sua infraestrutura de Europa na América Latina com intenção de monetizar ativos (ingressos) não estratégicos para o seu negócio core e diminuir o Capex futuro do lançamento comercial.
A princípio, acrescentou a Telxius 15.000 torres e 65.000 quilômetros de cabos submarinos (31.000 próprios), entre outros ativos. Preocupada por uma dívida superior aos 50 bilhões de euros, Telefônica buscou retirar 40% de Telxius em outubro para captar até 1 bilhão e 500 milhões de euros. A companhia, que desistiu da operação em setembro por julgar o valor insatisfatório, calcula que estes ativos geraram ingressos de 680 milhões de euros em 2015.
Quem tem mais a perder na região devido ao avanço dos projetos de América Móvil e Telefônica é a American Towers. Esta companhia administra atualmente mais ou menos 32.000 torres na América Latina, que geraram ingressos de 1 bilhão e 442 milhões de dólares no segundo trimestre desse ano, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2015.
A americana terá que competir com Telesties no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica e Perú se decide chegar a outros mercados onde também funciona América Móvil. Além disso, a mexicana pode avançar em países onde seu competidor não tenha presença, como Argentina, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e Uruguai. Com Telxius, American Tower competirá no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Perú e não disputaria Argentina, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Uruguai e Venezuela.
Nesse contexto, as versões ampliadas de Telesites e Telxius poderiam se enfrentar na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Perú e Uruguai.
O futuro de Telesites e Telxius na América Latina ainda está cheio de incertezas. No entanto, é possível perceber que o seu sucesso comercial poderia não somente ajudar a suavizar as barreiras, mas também, inspirar a outras operadoras a olhar com maior cuidado para a sua carteira de infraestrutura para explorar o potencial que se esconde entre o aço e o concreto.[:]