Marco Civil da Internet genera polémica en FuturecomMarco Civil da Internet gera polêmica na Futurecom
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FUTURECOM 2013 – Debatido hace más de dos años por el Congreso brasileño, el Marco Civil da Internet es considerado asunto de alta prioridad por la Presidencia de la República, desde las denuncias del espionaje realizado por órganos de inteligencia de los Estados Unidos en relación con las informaciones intercambiadas por agentes del Gobierno brasileño, incluyendo la Presidenta Dilma Rousseff.
El proyecto de ley que reúne 25 artículos sobre el tema que va desde la neutralidad de red a la privacidad de los usuarios se encuentra en pauta de urgencia en la Cámara de Diputados, y puede ser votado en cualquier momento.
En el sector de telecomunicaciones parece haber consenso sobre el acierto de basar las nuevas normas en principios ya consolidados en Internet. En tanto, hay una división bastante clara entre proveedores de red y proveedores de contenido en lo que respecta a la neutralidad de red. Esa brecha quedó muy clara en los paneles que trataron del Marco Civil en este jueves, 24 de octubre, en Futurecom.
El principio de neutralidad de red prevé que todo el tráfico de informaciones debe ser tratado de la misma forma, navegando a la velocidad contratada por el usuario con su operador. El Marco Civil determina en uno de sus artículos que el responsable por la transmisión de los datos debe tratar de forma isonómica cualquier paquete de datos, sin distinción por contenido, origen, destino, servicio, terminal o aplicación. Es justamente ahí que reside la mayor controversia del proyecto en el sector de telecomunicaciones.
Los operadores son unánimes al criticar tal isonomía, en la medida en que se ven imposibilitados de lanzar, en el futuro, planes con paquetes de datos segmentados. “Precisamos garantizar el acceso neutro, pero de forma que el usuario pueda escoger qué tipo de paquete quiere, para ofrecerles un producto de calidad”, dijo Carlos Raimar Schoeninger, ejecutivo de Vivo. Alexandre Olivari, de Claro, concordó: “el usuario debe pagar por la banda que él necesita. Unos están dispuestos a usar más (el paquete de datos) y pagar más”.
Los operadores argumentan que deben tener el derecho de gestionar sus redes con todas las informaciones necesarias. “Hacer buena gestión de red es bueno para el usuario, es bueno para la sociedad, es bueno para todo el mundo”, generaliza Enylson Camolesi, de Vivo. Es alegado también que la infraestructura de red es un recurso finito que puede ser, por lo tanto, sobrecargado si no hubiera alguna restricción en el paquete de datos. “La red es limitada y podemos inducir la eficiencia de uso por medio de los precios diferenciados”, explicó João Moura de TelComp, asociación que reúne a los operadores de menor porte.
Contrastando las críticas de los operadores, está Google, que se presente como uno de los grandes sostenedores del Marco Civil. Marcel Leonardi, ejecutivo de la empresa en Brasil, resalta que muchos países del mundo, entre ellos Estados Unidos, regularon de alguna forma el uso de Internet. Para él, el Marco Civil acierta por no ser muy específico, dejando detalles para regulaciones de cada sector específico. “El Marco Civil está basado en principios. No hay muchos detalles, justamente porque no se puede enyesar la tecnología para el futuro. Lo que esa regulación hace es proteger al usuario, trayendo un poco de seguridad jurídica”.
Abranet, la asociación de los proveedores de acceso, servicio e informaciones, también está en desacuerdo con las críticas de los operadores. No puede haber discriminación de usuario. No se puede privilegiar el contenido a, b, o c”, dijo Antonio Eduardo Neger, miembro de la asociación. “Gerenciar el tráfico no puede ser confundido con discriminar”, llamó la atención Eduardo Fumes Parajo, que también representó a Abranet en Futurecom.
Divergencias aparte, parece que nadie es realmente capaz de disentir de la importancia del Marco Civil. “Es imposible no estar de acuerdo con la libertad”, comentó Enylson Camolesi, de Vivo. Entretanto, si el espionaje estadounidense motivó el mensaje de urgencia de la Presidenta Dilma Rousseff para la votación en el Congreso, se sabe que la regulación no es capaz de inhibir ese tipo de práctica, que sólo podrá ser prohibida con la insistencia de negociaciones políticas de Gobierno a Gobierno o en organizaciones multilaterales.FUTURECOM 2013 – Debatido há mais de dois anos pelo Congresso brasileiro, o Marco Civil da Internet é considerado assunto de alta prioridade pela presidência da república desde as denúncias de espionagem realizada por órgãos de inteligência dos Estados Unidos em relação a informações trocadas por agentes do governo brasileiro, incluindo a presidenta Dilma Rousseff. O projeto de lei que reúne 25 artigos sobre temas que vão da neutralidade de rede à privacidade dos usuários encontra-se em pauta de urgência na Câmara dos Deputados e pode ser votado a qualquer momento.
No setor de telecomunicações parece haver consenso sobre o acerto de basear as novas normas em princípios já consolidados na Internet. No entanto, há uma divisão bastante clara entre provedores de rede e provedores de conteúdo no que diz respeito à neutralidade de rede. Esse racha ficou muito claro nos painéis que trataram do Marco Civil nesta quinta-feira, 24, na Futurecom.
O princípio da neutralidade de rede prevê que todo o tráfego de informações deve ser tratado da mesma forma, navegando à velocidade contratada pelo usuário na sua operadora. O Marco Civil determina em um de seus artigos que o responsável pela transmissão dos dados deve tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem, destino, serviço, terminal ou aplicativo. É justamente aí que reside a maior controvérsia do projeto no meio de telecom.
As operadoras são unânimes em criticar tal isonomia, na medida em que se veem impossibilitadas de lançar, futuramente, planos com pacotes de dados segmentados. “Precisamos garantir acesso neutro, mas de forma que o usuário possa escolher que tipo de pacote quer, para oferecermos um produto de qualidade”, disse Carlos Raimar Schoeninger, executivo da Vivo. Alexandre Olivari, da Claro, concordou: “O usuário deve pagar pela banda que ele necessita. Uns estão dispostos a usar mais (o pacote de dados) e pagar mais”.
As operadoras argumentam que devem ter o direito de gerir suas redes com todas as informações necessárias. “Fazer boa gestão da rede é bom para o usuário, é bom para a sociedade, é bom para todo mundo”, generaliza Enylson Camolesi, da Vivo. É alegado também que a infraestrutura de rede é um recurso finito que pode ser, portanto, sobrecarregado se não houver alguma restrição no pacote de dados. “A rede é limitada e podemos induzir a eficiência do uso por meio dos preços diferenciados”, explicou João Moura da TelComp, associação que reúne operadoras de menor porte.
Contrabalançando as críticas das teles, está a Google, que se apresenta como um dos grandes apoiadores do Marco Civil. Marcel Leonardi, executivo da empresa no Brasil, ressalta que muitos países do mundo, entre eles os Estados Unidos, regulamentaram de alguma forma o uso da Internet. Para ele, o Marco Civil acerta por não ser muito específico, deixando detalhes para regulamentações de cada setor específico: “O Marco Civil é baseado em princípios. Não há muitos detalhes, justamente porque não se pode engessar a tecnologia para o futuro. O que essa regulação faz é proteger o usuário, trazendo um pouco de segurança jurídica”.
A Abranet, associação dos provedores de acesso, serviço e informações, também discorda das críticas das operadoras. “Não pode haver discriminação de usuário. Não se pode privilegiar conteúdo a, b ou c”, disse Antonio Eduardo Neger, membro da associação. “Gerenciar o tráfego não pode ser confundido com discriminar”, chamou a atenção Eduardo Fumes Parajo, que também representou a Abranet na Futurecom.
Divergências à parte, parece que ninguém é realmente capaz de discordar da importância do Marco Civil. “É impossível não estar de acordo com a liberdade”, comentou Enylson Camolesi, da Vivo. Entretanto, se a espionagem americana motivou a mensagem de urgência da presidente Dilma Rousseff para a votação no Congresso, sabe-se que a regulação não é capaz de inibir esse tipo de prática, que só poderá ser banida com a insistência de negociações polítcas de governo a governo ou em organizações multilaterais.